Acordo de PLR? Que acordo é este em que não há condição para o patrão cumprir?

Pagar uma PLR_Justa não é retribuição, é direito previsto em lei e obrigação moral, pois todos sabemos que quem cria riqueza é o trabalho, quem cria os lucros e resultados da Petrobras são os trabalhadores.

Portanto, que a Companhia estabeleça sua metodologia de gestão de desempenho é uma coisa, mas que os Sindicatos e Federações se deixem levar e se comprometam somente com metas físicas, e não façam a Companhia se comprometer com metas de interesse dos trabalhadores (metas de desempenho da gestão e de recomposição e ampliação de direitos) é um absurdo!!!!!

– metas de desempenho da gestão (ISE, ICE, IRS, Treinamento, Acidente Zero, Combate de assédio moral e sexual, Respeito à diversidade, Promoção da Saúde, Recomposição de Efetivos) em que, a Companhia não as cumprindo (ex. por haver acidente ou pelos índices ISE, ICE, IRS caírem), as metas físicas do modelo de PLR se reduziriam – E sua implementação se daria, mediante a definição das metas físicas pelo Conselho de Administração, as Federações e Sindicatos estabeleceriam o patamar das metas de performance e as comunicariam à Companhia para incluí-las em seu plano e painel estratégico; e
– metas de recomposição e ampliação de direitos (Indenização da RMNR ao pessoal das áreas de riscos; Ajuste do PCAC (totalmente distorcido pelos remendos ao longo dos anos); Aplicação do PAC para os Plenos e os Seniores; Política de redução da jornada; indenização das horas-extras e folgas não contabilizadas e nem pagas ao longo dos últimos 20 anos; indenização dos participantes do Petros 2 pelo suplemento de suas contribuições e da parte de responsabilidade da companhia até 14,90% aos moldes do Plano PETROS e ou até garantir 90% de sua remuneração como benefício; pagamento imediato aos aposentados, dos aumentos concedidos aos repactuados bem como dos níveis ACT concedidos à categoria e dos níveis médios concedidos no PAC aos empregados juniores, todos sonegados aos aposentados; etc) em que a Companhia se comprometerá a honrar os trabalhadores e voltar a respeitá-los.

Se há meta para os trabalhadores, tem que haver metas condicionantes de obrigação para a Companhia!!!

O quadro/proposta que nos apresentam a FUP/RH revelam monstruosidades:

Primeira – Ao longo dos últimos anos poderiam ter distribuído valores superiores, pois, se agora, com “lucros menores” e “problemas de caixa etc” nos apresentam isto, antes poderiam muito mais.

Pior, nos parece que fica bem claro que em todas as “negociações” dos últimos anos, as mesmas nunca avançaram, nem até o limite possível dentro dos marcos de ação do RH da Petrobras. Imaginem se tivéssemos pressionado até a competência da Presidência da Petrobras ou além dela .  .  . Ainda, quanto ao passado, o que acham? Constatamos que a Petrobras depositou esforço e confiança na negociação de PLR (ou em todas as demais) da mesma forma que os trabalhadores?

Pensamos que fica demonstrado que não. Que não temos tido negociação, mas teatro ano a ano.

Conforme, até esta regra rebaixada (Informativo Recursos Humanos – 24 de fevereiro de 2014, EDIÇÃO nº 30), a Petrobras deixou de pagar 2,15 Bi, entre os anos de 2007 a 2011.

Que a Petrobras faça o devido pagamento retroativo, já, de todos os valores que deixaram de ser pagos ao longo dos anos!!!!

Segunda – o limite teto representa (considerando as proporções PLR/Dividendos e PLR/LLA), algo em torno de 73% do limite estabelecido por uma resolução do DEST (25% dos dividendos) que já é uma discriminação com os empregados das Estatais, pois a Lei de PLR, para os demais trabalhadores regidos pela CLT, não contém esta limitação!!! Assim, nos sujeitaremos a uns 73% de um limite que já é discriminatório? Rebaixamento pouco é bobagem!!!?

Conforme só o Lucro de 2013 (R$ 23 Bi), o montante a ser distribuído seria de R$ 1,474 Bi, mas conforme o teto de 25% dos dividendos (pauta histórica defendida pela FNP), considerando os dividendos propostos de R$ 9,301 Bi, o valor a ser distribuído seria de R$ 2,33 Bi (57% maior).

O modelo, mais complica do que simplifica. E, no caso da Petrobras, o lucro líquido é somente a ponta do iceberg de todos os lucros e resultados criados.

O modelo, mais complica do que simplifica, bem como não responde a uma questão fundamental, isto é, não desmistifica o lucro econômico frente ao financeiro, nem a criação de valor/riqueza mesmo em cenários de prejuízos e ou de oferecimento de descontos, caracteristicamente financeiros e momentâneos (Cenário: fortes investimentos, alavancagens, crescentes custos financeiros e alocações extemporâneas de custos que deveriam ou poderiam ser diferidos, alocados/descontados ao longo do tempo). Ao contrário, mais uma vez, aprofunda a desvalorização da contribuição do trabalho para a construção tanto de lucros quanto de resultados ao estabelecer um valor mínimo exíguo desvinculado dos Lucros Operacional ou Bruto e mesmo dos resultados gerais da Companhia (Faturamento, Geração de Impostos e Contribuições, e Metas físicas (Distribuição, Importação, Produção, Refino, Geração)).

É uma contradição, para uma empresa do padrão da Petrobras, que sua política de recompensa, não premie vetores de lucros e resultados que são os esforços dos trabalhadores. Não há eficácia e efetividade sem competência, esforços e resultados. Competência tem que ser desenvolvida, o esforço promovido, e o aumento da probabilidade quanto aos resultados (e lucros) é decorrência.

O debate que vivemos, ao longo dos últimos dois anos, demonstra bem esta contradição:

A Companhia cresce a olhos vistos, com novas plantas entrando em operação e em construção, com a eficiência de todas aumentando, com descontos nunca vistos na história desse país, com recordes de processamento, distribuição e importação, com reposição de reservas incomparáveis, com vendas crescentes!!! No entanto, vivencia lucros que ainda não passaram ao novo patamar, pois sofrem com o peso dos investimentos. Isto é, os desafios enfrentados e vencidos ao longo dos últimos anos não têm sido recompensados, em seu peso, nem o serão pela proposta de regra, para a PLR, que a FUP/RH nos apresenta.

Esforços/Trabalho –> Lucros/Resultados do ano de 2013!!! 

Temos resultados econômicos e financeiros. Normalmente, é mais divulgado como indicador de sucesso de uma empresa o seu Lucro Líquido. Todos os demais indicadores “são esquecidos” em algumas “avaliações”. No entanto, em nosso caso, o lucro líquido é somente a ponta do iceberg de todos os lucros e resultados criados.

Em 2013 foram:

–>Lucros de 23 Bilhões + Impostos e Contribuições de 74 Bilhões (pag. 27 RMF 4T13) + Participações Governamentais de 31 Bilhões + Descontos Brutos (pag. 22 RMF 4T13) que superam 26 Bilhões *

*(podem chegar a casa dos 31,5 Bilhões se compararmos o desempenho operacional e os resultados do ABAST no 1º Tri/2009 (anualizado, chega a 4,639 Bilhões) quando não se expressava toda a política de descontos e importação).

–>Resultados: Cinco novas plataformas entraram em operação e outros quatro sistemas foram encaminhados para a locação definitiva / Crescimento de 43% das reservas provadas no pré-sal em comparação a 2012 (pag. 01 RMF 4T13) / Aumento da Produção de Derivados, da importação de Petróleo e Derivados, da sua Distribuição / Aumento da Geração de Energia Termelétrica

OBS.: Informações disponíveis nos Relatórios de Resultados da Petrobras

RMF 4T13(IFRS)  http://www.investidorpetrobras.com.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8A78D68443E2C4890144BDA6CBE13235
RMF 1T10 (IFRS)  http://www.investidorpetrobras.com.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8A781A90336EE20B01336EA68ECB17DB

–> Histórico – Resultados 2002/2009

 FUP/RH não quer discutir o aprimoramento da Gestão –> Simplificar o Modelo

Portanto, como a FUP/RH, não quer discutir aprimoramento da gestão, se deve simplificar o modelo a fim de que o mesmo honre tanto esforços e resultados quanto a conquista de lucros, pois, em algumas situações, e por sermos empresa de economia mista, servimos às políticas de governo ou nossos esforços (+ trabalho) não estão focados somente para o lucro, bem como são impactados por elementos além de nossos controles.

Propomos vincular tanto um percentual sobre o faturamento – que representaria os Esforços e Resultados construídos pelos trabalhadores (os garçons recebem os 10% sobre o faturamento); quanto outro percentual sobre os lucros – que representariam a participação no sucesso (reflexo da execução do trabalho), mais financeiro do que econômico, da Companhia. Ambos comporiam o montante da PLR a ser distribuída entre os trabalhadores.

Origem do montante a ser distribuído de PLR:

Faturamento – Recompensa de esforços e resultados – 10% (referência garçons);

Lucro líquido – Recompensa pelo sucesso mais financeiro do que econômico – 33,33% (1/3 para cada um: Estado / Acionista / Trabalhador).

Receberíamos pela execução do trabalho e metas que já constam em nossos GDs e que representam a contribuição de cada empregado para a execução das metas do PNG (Plano de Negócios e Gestão), bem como devido aos Resultados Gerais da Petrobras para os quais contribuímos essencialmente.

Por que assinar, açodadamente, uma proposta final da Companhia sem um amplo debate da mesma pelo conjunto da categoria? 

Porque assinar, açodadamente, uma proposta final da Companhia sem um amplo debate da mesma pelo conjunto da categoria? Porque correr com assembléias regionais, sem antes promover plenárias a fim de se construir e compor um amplo debate nacional? Construir ampla Consciência Nacional? Muita calma nessa hora!!! Somente o governo (direções da FUP e do RH da Petrobras) debateu o assunto. Nem mesmo a maioria dos trabalhadores das bases sindicais da própria FUP têm clara a proposta e muito menos o que ela significa. A categoria precisa refletir e ampliar seu entendimento quanto ao significado da proposta da Petrobras e a adesão à mesma, por parte de alguns sindicatos, sem qualquer enriquecimento e possibilidade do debate pela própria categoria. Penso que se tivessem aprofundado o debate e ampliado o entendimento do significado deste acordo para a categoria, a maioria dos colegas que votaram a favor da proposta não o fariam. Debater a proposta, ouvir as posições favoráveis e contrárias, é pré-condição, tanto para exercer o direito de voto livre e consciente, quanto propor e cobrar melhorias. E não ter tempo nem de debater e nem de maturar a própria decisão nos parece antidemocrático. É fundamental que a categoria freie o arrastão para poder avaliar a sua direção bem como possibilitar corrigir os rumos iniciais conforme passar a, de fato, entender.

Abraço a todos !!!

Vinícius Camargo

Integrante do BASE (http://petroleirosbaserj.wordpress.com/) (https://www.facebook.com/baserj.petroleiros)

Publicado no BASE em 28/02/2014

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PLR – Entenda e não compre gato por lebre http://oposicaonf.blogsite.org/plr-entenda-e-nao-compre-gato-por-lebre/

Links:

Informativo Recursos Humanos – 24 de fevereiro de 2014, EDIÇÃO nº 30 –  http://portalpetrobras.petrobras.com.br/PetrobrasPortal/appmanager/portal/desktop?_nfpb=true&_pageLabel=dctm_noticia_a_petrobras&idConteudo=noticia_033763&areaAtual=a_petrobras&portalpath=portal
É uma discriminação com os empregados das Estatais –  https://petroleiro2020.wordpress.com/2011/07/06/mobilizacao-nacional-e-manifesto-contra-a-discriminacao-imposta-aos-empregados-das-empresas-estatais-abaixo-assinado/
Lucros de 23 Bilhõeshttp://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/lucro-liquido-em-2013-foi-de-r-23-bilhoes-570-milhoes.htm
RMF 4T13 –  http://www.investidorpetrobras.com.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8A78D68443E2C48901446B5B08F80E81
Cinco novas plataformas entraram em operação e outros quatro sistemas foram encaminhados para a locação definitivahttp://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/producao-no-pre-sal-bate-novo-recorde-e-ultrapassa-400-mil-barris-de-petroleo-por-dia.htm
Aumento da Produção de Derivadoshttp://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/producao-de-derivados.htm
 Aumento da Geração de Energia Termelétricahttp://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/termeletrica-baixada-fluminense-ja-esta-gerando-344-mw.htm
RMF 4T13(IFRS)  – http://www.investidorpetrobras.com.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8A78D68443E2C48901446B5B08F80E81
RMF 1T10 (IFRS) http://www.investidorpetrobras.com.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8A781A90336EE20B01336EA68ECB17DB
 Histórico – Resultados 2002/2009https://petroleiro2020.files.wordpress.com/2010/08/criacao-dos-trabalhadores6.ppt
Proposta de regramento já será aplicada à PLR 2013 – Comparativo mostra que a PLR dos últimos anos teria sido maior se as novas regras já estivessem em vigor na época  – http://portalpetrobras.petrobras.com.br/PetrobrasPortal/appmanager/portal/desktop?_nfpb=true&_pageLabel=dctm_noticia_a_petrobras&idConteudo=noticia_033763&areaAtual=a_petrobras&portalpath=portal
Petrobras apresenta última proposta para regramento da PLR FuturaA proposta já se aplica para a PLR 2013, a ser quitada a partir de 1º de julho, e tem validade de cinco anos, com reavaliação a cada dois – http://portalpetrobras.petrobras.com.br/PetrobrasPortal/appmanager/portal/desktop?_nfpb=true&_pageLabel=dctm_noticia_a_petrobras&idConteudo=noticia_033625&areaAtual=a_petrobras&portalpath=portal
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4 respostas para Acordo de PLR? Que acordo é este em que não há condição para o patrão cumprir?

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  3. O contraponto ao discurso oficial:

    O discurso oficial – http://portalpetrobras.petrobras.com.br/PetrobrasPortal/appmanager/portal/desktop?areaAtual=a_petrobras&idConteudo=mais_noticias_023337&_nfpb=true&_pageLabel=dctm_noticia_rh

    1- A democracia é o método para se atingir a justiça. Assim, seria democrático/justo que a Petrobras pagasse menos à massa de trabalhadores que não aceitam sua proposta, mas, no dia-a-dia, a fazem crescer, se fortalecer, e constroem seus lucros e resultados? A discordância não é democrática ou é da democracia?

    2- Metas atingidas, mas sem Lucro -> PLR reduzida? Sim, mesmo que o trabalhador entregue tudo que lhe foi demandado, lhe punem, o prejudicam por decisões estruturais dos gestores da Petrobras. Pura contradição que revela o quanto a parcela de resultados criados está subestimada em seu peso e valor. Na Petrobras, os lucros são a pontinha do iceberg, enquanto os resultados são a base gigantesca do iceberg. Assim, nossa PLR deveria ter uma base consistente e volumosa, vinculada aos resultados, e um topo variável com menor peso, vinculado aos lucros.

    3- O acordo específico estabelecido em Lei é somente a negociação específica, não envolve, necessariamente, um regramento. Assinar o acordo de regra, sem tempo ao debate necessário, é chantagem.

    4- No caso do regramento da PLR, a Petrobras, em sua avaliação político-jurídica não tem uma posição corriqueira do Direito, isto é, na Legislação tem-se que a melhor regra deve ser aquela aplicada e de uso em favor do trabalhador, mas para a Petrobras e o DEST, antidemocraticamente, falam em aplicar a pior regra aos trabalhadores.

    5- Caros, por esta regra de definição do montante, mesmo quando os trabalhadores executam suas atividades e atingem as metas, mas não há lucro – por exemplo, devido a Companhia conceder descontos bilionários e ao mesmo tempo aumentar seu investimento – a PLR será reduzida, diminuída, restringida. Isto é, o trabalhador faz e fará a sua parte e contribui e contribuirá para lucros e resultados, mas a Companhia transformará os potenciais lucros em grandiosos resultados (descontos e novos empreendimentos) e, por isso, os trabalhadores terão PLRs menores. Não é contraditório? Lucros e Resultados são faces da mesma moeda. Conforme a estratégia da Petrobras e do governo, em alguns momentos haverá um pouco mais ou um pouco menos de lucros (ponta do iceberg), e na medida inversa se darão os resultados, o corpo e a sustentação da ponta do iceberg (lucros), a consequência de maior significância do esforço dos trabalhadores, que sempre se fez e se fará presente e grandioso. Assim, é fundamental a reformulação da proposta a fim de que a mesma tenha um mínimo de coerência e consistência.

  4. Resistir e lutar é Fundamental

    “Aprovar propostas que permanecem na direção de ataque aos direitos dos trabalhadores e não reconhecimento de seus esforços, se não é uma perda direta agora, contribui, já, para perdas gerais da classe”
    Entendo o argumento de que a proposta na mesa oferece, no momento, um valor maior do que as falsas negociações que tivemos até então, mas, também por isso, podemos inferir que esta proposta também é rebaixada, bem como o Joao Battista demonstrou (https://www.facebook.com/photo.php?fbid=223658174503789&set=a.147653225437618.1073741827.103128609890080&type=1&reply_comment_id=289543&total_comments=2), nossa PLR já era muito rebaixada relativamente aos Resultados e Lucros criados pelos trabalhadores da Petrobras. O lucro da Petrobras é a ponta do Iceberg. A enorme base do Iceberg é composta de impostos, royalties, contribuições, participações, descontos, resultados físicos de produção, transformação dos investimentos em novas plantas etc (Lucros de 23 Bilhões + Impostos e Contribuições de 74 Bilhões + Participações Governamentais de 31 Bilhões + Descontos Brutos que superam 26 Bilhões – https://www.facebook.com/groups/360795654059896/permalink/365787573560704/?comment_id=366414043498057&offset=0&total_comments=44). Comparativamente, as contribuições da Petrobras ao país são 1200% maiores do que as contribuições da maior empresa privada do país a VALE (https://petroleiro2020.files.wordpress.com/2010/08/criacao-dos-trabalhadores6.ppt). Imagine em relação às empresas citadas na matéria do Joao Battista (http://www.bemparana.com.br/noticia/265176/confira-ranking-dos-15-maiores-acordos-dos-metalurgicos-na-grande-curitiba). A PLR da Petrobras, teria que ser quantos 1000% superiores às destas empresas?

    E não nos deixemos enganar, pois, com o decorrer do tempo, o crescimento do efetivo fará a PLR “minguar”. Temos que lutar por participar com maior peso nos lucros, pois, senão, enquanto o bolo cresce, as demais forças se apropriam da criação dos trabalhadores e cada vez menos o trabalho será recompensado com o peso e dignidade que deve ter.

    Estrategicamente, um “desequilíbrio” remuneratório em favor dos trabalhadores, fará ser antieconômica a desenfreada precarização das condições de trabalho, a terceirização. Teríamos a reversão desse quadro desolador de precarização das relações de trabalho: o método de trabalho escravo do século 21. Ainda, quanto à alocação/divisão do montante, não podemos ficar com uma visão restrita, temos que ampliar esta alocação, isto é, propor estabelecer vinculações em reparação aos ataques aos trabalhadores, por exemplo, definir percentual em favor da PETROS tanto em reparação às perdas do Plano Petros 2 quanto do Plano Petros com fins às devidas reposições.

    Fazer estas diferenciações, em vinculação a um programa mais geral de resistência aos ataques contra os direitos dos trabalhadores, contribui para que cada trabalhador entenda que cada luta e ganho da classe ou cada perda, significa, direta ou indiretamente, um ganho ou perda para si, pois, a precarização de uns, abre espaço para comparações a partir de pisos mais baixos, o que é prejudicial a todos. Da mesma forma, que ganhos de uns, abrem espaço para comparações com pisos mais altos, o que possibilita melhores margens para reivindicações. Assim, aprovar propostas da FUP/RH que permanecem na direção de ataque aos direitos dos trabalhadores e não reconhecimento de seus esforços, bem como de lhe impingir responsabilidades de que não tem efetivo controle, se não é uma perda direta agora, contribui, já, para perdas gerais da classe, pois restringe o espaço de reivindicação de outras categorias e abre margem para responsabilização dos próprios trabalhadores pelas mazelas de um processo produtivo e de gestão, pensados e estruturados, pura e exclusivamente, a partir de “valores”, que por fim, acabam por defender o lucro em detrimento e exploração do trabalhador.

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